A safra 2024/2025 do maracujá encerrou em Santa Catarina com estimativa de produção de 56,8 mil toneladas, um aumento de 26,2% em relação ao ano anterior, que foi de 45 mil toneladas. A média da produtividade dos pomares ficou em 28,4 toneladas por hectare, enquanto na safra anterior chegou a 22,5 t/ha. Esse levantamento foi realizado pela Epagri junto a atacadistas e à Cooperja no Sul do Estado, onde se concentra a maior produção da fruta em SC.
A tecnologia está presente em tudo, inclusive no campo. Por isso, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) incentiva a modernidade no agronegócio e investe em ferramentas que vão ao encontro desta proposta. Um exemplo disso é o projeto “Pasto remoto”, realizado na Estação Experimental de Lages.
Método auxilia o produtor, reduz custos e aumenta sustentabilidade ambiental na pecuária (Fotos: Pablo Gomes / Epagri)
A proposta é utilizar sensoriamento remoto para a predição precisa de biomassa e altura de pastagens. Com mais de 70% de confiabilidade, o método auxilia o produtor, reduz a necessidade de mão-de-obra e presença in loco e representa um avanço científico na agricultura de precisão.
Além dos benefícios econômicos, a otimização do manejo de pastagens tem impactos ambientais positivos, contribuindo para um uso mais eficiente dos recursos naturais, além da redução das emissões de gases de efeito estufa e de metano entérico, gás produzido durante a digestão e liberado pelo arroto em animais ruminantes, como bovinos e ovinos.
Entre agosto de 2023 e 2024, os profissionais utilizaram imagens de drone e satélite para coletar dados de biomassa e altura de pastagens de outono/inverno e primavera/verão em diferentes estágios de crescimento, em seis propriedades rurais da Serra Catarinense. Este monitoramento permite uma melhor compreensão da dinâmica de crescimento e do potencial forrageiro das pastagens sob as condições da região.
Plataforma webpermitirá decisões adequadas sobre manejo de pastagens
Após levantamento e processamento das imagens, foi constituído um acervo com diversos índices de vegetação e dados detalhados das pastagens avaliadas. Por fim, está sendo criada uma plataforma web funcional e acessível que consiste na ferramenta aplicada do projeto, permitindo que técnicos e produtores visualizem dados, apliquem os modelos preditivos e tomem decisões adequadas sobre o manejo de pastagens, auxiliando na melhoria da eficiência produtiva e zootécnica e maior rentabilidade para a pecuária.
“O manejo eficiente de pastagens é crucial para a sustentabilidade e rentabilidade da produção animal, e a disponibilização de ferramentas tecnológicas no campo, como o drone, representa um passo crucial na apropriação dos resultados do projeto pela sociedade, simplificando e otimizando o trabalho no campo. Assim, o projeto oferece subsídio para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para uma pecuária mais produtiva e ambientalmente responsável em Santa Catarina”, concluem os pesquisadores.
Cassiano Pinto, Tiago Baldissera e Pablo Zanella (a partir da esquerda) são alguns dos profissionais que atuaram na pesquisa
Parcerias e financiamento viabilizaram o projeto
O projeto é desenvolvido em parceria com a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e a Cooperativa de Carnes Nobres e Novilhos Precoces da Serra Catarinense (Coopertropas). Os recursos são da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
A pesquisa foi desenvolvida por Tiago Baldissera e Cassiano Eduardo Pinto, engenheiros-agrônomos e pesquisadores da Epagri em Lages; Carla Luciane Lima, engenheira florestal e bolsista de pós-doutorado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) também na Epagri em Lages; e Pablo Giliard Zanella, técnico agrônomo da Coopertropas.
Por: Pablo Gomes, jornalista bolsista Epagri/Fapesc
A agropecuária catarinense tem peso social e econômico estratégico. Mesmo ocupando apenas 1,12% do território brasileiro, dos quais 38% estão cobertos por florestas naturais e 16,7% são destinados à agricultura, o Estado se destaca na produção de grãos como arroz, milho, soja, feijão e trigo. Juntas, essas culturas respondem por mais de 25% do valor bruto da produção agropecuária.
Santa Catarina registrou produção recorde de grãos na safra 2024/25. Conforme o levantamento realizado pelo Observatório do Agro Catarinense, o crescimento no volume total foi de 20,7% em comparação com ciclo 2023/24. O panorama positivo, conquistado através de múltiplos fatores como tecnologia, manejo e clima favorável, esbarra no déficit de armazenagem enfrentado pelo Estado. O Boletim Agropecuário de junho expõe o descompasso entre a produção agrícola e sua capacidade de armazenamento. Entre 2020 e 2025, a produção total de grãos aumentou 19% em Santa Catarina, enquanto os espaços destinados para sua armazenagem foram ampliados em apenas 5,1%.
Sempre em busca de constantes melhorias para a pecuária de Santa Catarina, a Epagri disponibiliza aos produtores as inovações e tecnologias que se mostram economicamente viáveis e ambientalmente corretas. Entre as alternativas que devem ter boa adesão, figuram os mourões vivos, árvores utilizadas em substituição a palanques de madeira ou concreto para a fixação de cercas nas propriedades rurais.
Em 2025, a Epagri celebra 50 anos de dedicação à pesquisa agropecuária, com destaque para sua contribuição no cultivo de duas culturas fundamentais para a alimentação dos brasileiros: o arroz e o feijão. Essa dupla tão presente no prato do dia a dia não é apenas tradição — ela também se complementa na nutrição. Juntos, arroz e feijão fornecem proteínas de boa qualidade e todos os aminoácidos essenciais, que são os “blocos de construção” usados pelo nosso corpo para formar músculos, tecidos e outras estruturas importantes para a saúde e o bem-estar.
O frio intenso e principalmente as geadas representam uma ameaça significativa para a produção de hortaliças, especialmente em regiões de clima subtropical e temperado. Para auxiliar os agricultores familiares de Santa Catarina a minimizar os danos causados pelas baixas temperaturas, extensionistas rurais da Epagri apresentam recomendações específicas para diferentes grupos de hortaliças. Confira:
Conhecer o tamanho e classificar o tipo das pastagens no Planalto Sul de Santa Catarina usando imagens de satélite, drones e algoritmos de aprendizado de máquina. Esse é o desafio em que a equipe de Geoprocessamento da Epagri/Ciram embarcou, com entrega marcada para 2026. O projeto, que vai examinar uma área de 16 mil km2, é estratégico para a conservação das pastagens naturais, também conhecidas como campos nativos – um ecossistema que vem perdendo espaço rapidamente em Santa Catarina.
Os municípios do Litoral Norte de Santa Catarina colheram mais de 291 mil toneladas de arroz, o que representa um aumento de 4,23% em relação ao ano anterior e configura um recorde para a região. Os números demonstram a vitalidade da rizicultura catarinense e o bom desempenho dos cultivares desenvolvidos pela Epagri, mas também impõem uma série de desafios ao setor produtivo, como dar escoamento ao excesso de produção. Este e outros temas foram tratados no último dia 27 de junho, durante o 25º Seminário de Avaliação da Safra de Arroz no Litoral Norte, realizado na Estação Experimental da Epagri em Itajaí.
A Epagri está desenvolvendo o projeto Cadeia Produtiva do Mel, com o objetivo de entender os caminhos que o mel percorre desde a produção até chegar à mesa do consumidor ou à exportação. Para isso, a participação direta dos apicultores é fundamental. Essa pesquisa não se aplica aos meliponicultores, ou seja, os produtores de mel de abelha sem ferrão não precisam respondê-la.
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