Este relatório contou com pesquisa descritiva a partir de pesquisa documental e dos resultados do levantamento de dados executado por meio de coleta e tabulação das informações municipais mediante a aplicação de questionário semiestruturado, entre agosto e setembro de 2018, referentes às principais produções comerciais da fruticultura catarinense na safra 2017/18. O levantamento contou com críticas de consistência regional, nas unidades de gestão técnicas (UGTs) da Epagri, nos 295 municípios catarinenses e tratamento estatístico, análise crítica estadual final e validação dos dados no Epagri/Cepa (MINGOTI et al., 2014; BUSSAB & MORETTIN, 2003). Os dados foram analisados por frutas e nas regiões da Epagri (UGTs), considerando o número de produtores, áreas total e colhida, produção, preço médio ao produtor na safra com estimativa do valor bruto da produção e produtividade média por cultura. Para a viticultura os dados foram coletados em três categorias da fruta: uva comum, sendo contempladas as uvas americanas e híbridas; uvas viníferas, considerando as da espécie Vitis vinifera; e as uvas de mesa, que considerou as uvas “duras” europeias. Na maleicultura foram coletadas informações das frutas das cultivares Fuji e Gala e as maçãs precoces (clones de Gala). E para a bananicultura foram coletados os dados dos grupos da banana-caturra (Cavendish) e da banana-prata. (Prata). publicação na integra
Categoria: Publicações
Estudo socioeconômico dos programas fundiários no estado de Santa Catarina – 2020
O presente trabalho é fruto de uma pesquisa de caráter socioeconômico e avaliativo, cuja demanda teve origem na Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural – SAR. O estudo teve como objetivos: identificar e caracterizar o público beneficiário dos programas de acesso à terra; identificar as melhorias na infraestrutura do estabelecimento agropecuário dos beneficiários; avaliar os avanços no sistema produtivo e de comercialização do estabelecimento agropecuário dos beneficiários; avaliar os efeitos econômicos imediatos a partir de sua adesão ao programa de acesso à terra; identificar a participação de empresas públicas e de outros agentes na assistência técnica aos beneficiários; analisar os fatores facilitadores e limitantes das ações das políticas públicas de acesso à terra; recomendar novas ações para as políticas públicas de acesso à terra em Santa Catarina. publicação na integra
Evolução recente das agroindústrias familiares em Santa Catarina: Análise a partir dos levantamentos realizados pela Epagri em 2010 e 2017
A transformação de produtos de origem vegetal e animal pelos agricultores familiares tem se apresentado como alternativa econômica, através da agroindustrialização rural de pequena escala em Santa Catarina. Nos últimos anos se verificou o crescimento da importância socioeconômica dessas iniciativas para a agricultura familiar e para o desenvolvimento rural estadual. Em Santa Catarina, diversas iniciativas foram implementadas, sobretudo a partir da década de 1990, destacando-se o Projeto Microbacias 2 e o Programa Santa Catarina Rural, ambos com financiamento do Banco Mundial. A partir destes projetos do governo estadual catarinense, a Epagri realizou dois levantamentos das iniciativas de agregação de valor protagonizadas pelos agricultores familiares, entre elas as agroindústrias familiares, sendo um em 2010 e outro em 2017. Este documento contempla uma análise da evolução das atividades de agregação de valor, mais especificamente da agroindustrialização, com base nos dois levantamentos realizados. Esta análise enfatiza aspectos de acesso a mercados, formalização, legislação sanitária, políticas públicas, características de mão de obra, entre outros. publicação na integra
Os empreendimentos de agregação de valor e as redes de cooperação da agricultura familiar de Santa Catarina – 2016
Em Santa Catarina não é recente o fato de muitos agricultores familiares buscarem alternativas econômicas através da agroindustrialização rural de pequena escala, do turismo rural e do artesanato, bem como construírem formas de organização que contribuam para a viabilização dessas iniciativas. É fato que, nos últimos anos, assistimos ao crescimento da importância socioeconômica e política dessas iniciativas para a agricultura familiar e para o desenvolvimento rural estadual. Assim, a Secretaria da Agricultura e da Pesca − SAR e a Epagri realizaram um levantamento que, coordenado pela Epagri/Cepa e envolvendo técnicos das estruturas estadual, regional e local do Programa de Gestão Negócios e Mercados da Epagri, contemplou três diferentes “tipos de empreendimentos” dos agricultores familiares catarinenses: a)agroindústrias; b) empreendimentos de turismo rural e artesanato; e c) redes de cooperação, na forma de condomínios, associações e cooperativas. Este texto contempla uma análise de cada um desses “tipos de empreendimentos” e deixa claras indicações de que existem muitos desafios para ampliar as possibilidades de sustentabilidade dessas atividades. A Epagri tem se colocado como protagonista no enfrentamento desses desafios e agradece a todos que contribuíram para a elaboração deste documento, na expectativa de que ele contribua para as reflexões sobre a promoção do desenvolvimento rural catarinense e para as ações de apoio a esses empreendimentos. publicação na integra
Os empreendimentos de agregação de valor e as redes de cooperação da agricultura familiar de Santa Catarina – 2012
O processo de transformação estrutural do espaço rural de Santa Catarina é um fato evidente. Entre seus pontos mais visíveis estão a concentração da produção e a redução do número de produtores de várias cadeias produtivas, a redução da população rural, a redução do número de “jovens rurais”, a dificuldade de sucessão nas propriedades rurais da agricultura familiar, a mudança na forma de ocupação das terras agrícolas (redução da área de lavouras temporárias e pastagens), a redução da produção para consumo próprio, a diminuição da diversidade produtiva das propriedades rurais (aumento da especialização), o maior controle do processo produtivo pelos segmentos fornecedores de insumos e compradores da produção, a intensificação das relações de mercado, a ampliação da importância de atividades não agrícolas na ocupação e renda de muitas famílias, entre outros pontos (Silvestro et al., 2001; Altmann et al., 2008; Marcondes, 2010; Mattei, 2010). Nesse processo de mudança, ampliou-se o desafio para encontrar atividades econômicas que permitam a reprodução social de um importante contingente de agricultores familiares. Ainda que a maior parte das instituições e pessoas envolvidas com esse desafio concentre seus maiores esforços em atividades mais tradicionais, geralmente relacionadas às produções agrícola, pecuária e, em menor grau, florestal, nem sempre isso tem sido possível, pois a escolha mais adequada depende do ponto de vista das famílias dos agricultores, que encontram diferenciadas alternativas de ocupação e renda. publicação na integra