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Arroz da Epagri é reconhecido internacionalmente por contribuir com segurança alimentar em tempos de mudanças climáticas

A variedade de arroz SCSBRS126 Dueto, desenvolvida pela Epagri em parceria com a Embrapa, acaba de receber reconhecimento internacional por sua contribuição à segurança alimentar e à adaptação da agricultura às mudanças climáticas. O material foi finalista mundial do “Prêmio da Aliança Global de Bioeconomia para Impacto e Liderança em Bioeconomia 2025” (GBA Award for Impact and Leadership in Bioeconomy 2025), promovido pela Global Bioeconomy Alliance da Novo Nordisk Foundation, na Dinamarca. O prêmio foi concedido durante a conferência anual da GBA em Copenhague, Dinamarca, que ocorreu de 29 de setembro a 3 de outubro de 2025. 

O arroz Dueto foi finalista mundial do Prêmio da Aliança Global de Bioeconomia para Impacto e Liderança em Bioeconomia 2025 (Fotos: Divulgação/Epagri)

Entre propostas de diversos países, a Dueto se destacou entre as cinco melhores do mundo, graças à sua inovação tecnológica e ao impacto social e ambiental comprovado. O projeto premiado, “Melhoramento de Arroz para temperaturas extremas no enfrentamento das mudanças climáticas objetivando segurança alimentar: o caso de sucesso da variedade SCSBRS126 Dueto”, é coordenado pelo pesquisador Rubens Marschalek, da Estação Experimental da Epagri em Itajaí (EEI), e desenvolvido pela  equipe do Projeto Arroz, formada por pesquisadores e extensionistas da empresa.

 

Tecnologia e resiliência

Fruto de 15 anos de pesquisa e de uma sólida rede de cooperação entre Epagri, Embrapa e Udesc/CAV, com apoio de CNPq, Fapesc, Finep e Capes, a Dueto foi lançada comercialmente em 2023 e hoje está presente em mais da metade das áreas de arroz irrigado de Santa Catarina.

O diferencial do arroz Dueto e é a tolerância genética a temperaturas extremas

Conforme explica Marschalek, o principal diferencial da variedade é a tolerância genética a temperaturas extremas. Enquanto outras variedades sofrem esterilidade sob frio intenso (abaixo de 17°C) ou calor excessivo (acima de 38°C), a Dueto mantém produtividade, assegurando colheitas mesmo em condições climáticas adversas. “O grande mérito do arroz Dueto é combinar produtividade e estabilidade em um cenário de mudanças climáticas. Ele representa o futuro da orizicultura, uma resposta científica e tecnológica aos desafios do aquecimento global”, ressalta o pesquisador.

Além do impacto direto no campo, o desenvolvimento da variedade gerou avanços científicos expressivos: 18 publicações técnicas, sete artigos jornalísticos, oito vídeos e reportagens televisivas, além de duas dissertações de mestrado e uma tese de doutorado orientadas pela Epagri e pela Udesc.

O prêmio reconhece e estimula conquistas que aceleram a transição global para uma bioeconomia sustentável

O nome “Dueto” simboliza tanto a parceria entre Epagri e Embrapa quanto a dupla aptidão da planta, resistente ao frio e ao calor. A homenagem se estende ainda aos pesquisadores Orlando Peixoto de Morais (in memoriam), da Embrapa Arroz e Feijão, e Richard Elias Bacha, da Epagri, cuja trajetória marcou a história da orizicultura brasileira.

 

Pesquisa que transforma o campo catarinense

Para o presidente da Epagri, Dirceu Leite, a conquista reforça o papel da empresa na construção de soluções tecnológicas que fortalecem o agronegócio catarinense e a segurança alimentar global. Ele lembra que Santa Catarina é o segundo maior produtor de arroz do Brasil, responsável por 9% da área nacional cultivada, distribuída entre 86 municípios e cerca de seis mil produtores – em sua maioria agricultores familiares.

O arroz Dueto representa o futuro da orizicultura, pois combinar produtividade e estabilidade em um cenário de mudanças climáticas

A evolução da produtividade no estado reflete o impacto da ciência: segundo a Epagri/Cepa, Santa Catarina produzia  1,8 tonelada de arroz por hectare na década de 1970 e passou para 8,73 toneladas por hectare em 2025.  “Essa transformação é resultado da integração entre pesquisa, extensão, produtores e indústria, marca do modelo catarinense de desenvolvimento rural”, salienta o presidente.

De acordo com o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Epagri, Reney Dorow, o reconhecimento internacional da Dueto simboliza o protagonismo da pesquisa pública. “O arroz Dueto é a prova de que a inovação nasce da ciência aplicada, construída em parceria com quem está no campo. É um orgulho para Santa Catarina e para o Brasil ver uma tecnologia desenvolvida aqui ser reconhecida mundialmente por sua contribuição à sustentabilidade e à segurança alimentar.”

 

Sobre o prêmio

O GBA Award for Impact and Leadership in Bioeconomy 2025 reconhece e estimula conquistas que aceleram a transição global para uma bioeconomia sustentável, premiando inovações e lideranças com impacto social, ambiental e tecnológico.

Com o selo da Global Bioeconomy Alliance, o SCSBRS126 Dueto projeta o nome de Santa Catarina no cenário internacional da bioeconomia. E a Epagri, com 50 anos de atuação em pesquisa agropecuária, reafirma, com esse prêmio, o papel estratégico da pesquisa pública na construção de um futuro mais sustentável.

Epagri comemora 50 anos de pesquisa e projeta um futuro agropecuário pautado em inovação e sustentabilidade

Entre os dias 20 e 23 de outubro, a Epagri promoveu um seminário em Florianópolis para comemorar os 50 anos de pesquisa na empresa e debater o futuro da ciência no campo. O evento reuniu cerca de 400 pessoas, entre pesquisadores, dirigentes e parceiros institucionais. As discussões apontaram que os próximos 50 anos da pesquisa agropecuária em Santa Catarina serão marcados pela inovação aberta, pela sustentabilidade e pela integração entre biotecnologia, digitalização e práticas agroecológicas.

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Epagri celebra 50 anos de pesquisa e debate os rumos da ciência agropecuária em seminário estadual

Entre os dias 20 e 23 de outubro, a Epagri realiza o Seminário Estadual de Inovação e Sustentabilidade na Pesquisa Agropecuária: Desafios e Oportunidades, em Florianópolis, em comemoração aos 50 anos de pesquisa agropecuária da empresa. O objetivo do evento é discutir os rumos da pesquisa para o futuro, em alinhamento às demandas dos produtores catarinenses para a competitividade do agronegócio.

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Epagri promove Dia de Campo e abertura da colheita da cebola em Ituporanga

No dia 8 de outubro, quarta-feira, a Estação Experimental da Epagri em Ituporanga (EEITU) promove um o Dia de Campo para marcar a abertura da colheita de cebola. O evento começa às 8h e a cerimônia de abertura ocorre às 11h30min com a presença de autoridades e entidades representativas dos produtores rurais. É esperado um público de aproximadamente 300 pessoas, entre técnicos, estudantes de Agronomia e escolas técnicas e produtores de cebola de Ituporanga e de municípios do Alto Vale do Itajaí. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo fone (47) 3533-8818 com Adriana, ou apontando a câmera do celular ara o QR publicado ao final desta matéria.

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Epagri/Cepa valida custos referenciais de banana, maçã e maracujá

Projeto valida custos referenciais de frutas e lança aplicativo para fortalecer a fruticultura catarinense. (Foto: Aires Mariga/Epagri)

O Projeto Integrado de Custo de Produção Referencial de Frutas, coordenado pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) em parceria com o Programa de Fruticultura da Epagri, promoveu painéis de especialistas em Itajaí, São Joaquim e Araranguá. As reuniões reuniram produtores, técnicos, cooperativas e representantes do setor para validar coeficientes técnicos e critérios de custeio nas principais regiões produtoras de banana, maçã e maracujá.

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50 anos de pesquisa da Epagri transformam o Brasil de importador a exportador de maçã

Se hoje podemos saborear uma maçã produzida em terras brasileiras, isso se deve grandemente ao trabalho de pesquisa da Epagri.  Essa empresa pública do governo de Santa Catarina, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, é responsável pelo maior programa de melhoramento genético da fruta no País, além de ser protagonista em diversas pesquisas para o desenvolvimento de tecnologias de produção que são essenciais na matriz produtiva da maçã nos dias atuais. 

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Safra 2024/2025 de maracujá catarinense registra aumento de 26,2% na produção

A safra 2024/2025 do maracujá encerrou em Santa Catarina com estimativa de produção de 56,8 mil toneladas, um aumento de 26,2% em relação ao ano anterior, que foi de 45 mil toneladas. A média da produtividade dos pomares ficou em 28,4 toneladas por hectare, enquanto na safra anterior chegou a 22,5 t/ha. Esse levantamento foi realizado pela Epagri junto a atacadistas e à Cooperja no Sul do Estado, onde se concentra a maior produção da fruta em SC.

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Epagri de Lages usa drones para manejo remoto de pastagens

A tecnologia está presente em tudo, inclusive no campo. Por isso, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) incentiva a modernidade no agronegócio e investe em ferramentas que vão ao encontro desta proposta. Um exemplo disso é o projeto “Pasto remoto”, realizado na Estação Experimental de Lages. 

Método auxilia o produtor, reduz custos e aumenta sustentabilidade ambiental na pecuária (Fotos: Pablo Gomes / Epagri)

A proposta é utilizar sensoriamento remoto para a predição precisa de biomassa e altura de pastagens. Com mais de 70% de confiabilidade, o método auxilia o produtor, reduz a necessidade de mão-de-obra e presença in loco e representa um avanço científico na agricultura de precisão. 

Além dos benefícios econômicos, a otimização do manejo de pastagens tem impactos ambientais positivos, contribuindo para um uso mais eficiente dos recursos naturais, além da redução das emissões de gases de efeito estufa e de metano entérico, gás produzido durante a digestão e liberado pelo arroto em animais ruminantes, como bovinos e ovinos. 

Entre agosto de 2023 e 2024, os profissionais utilizaram imagens de drone e satélite para coletar dados de biomassa e altura de pastagens de outono/inverno e primavera/verão em diferentes estágios de crescimento, em seis propriedades rurais da Serra Catarinense. Este monitoramento permite uma melhor compreensão da dinâmica de crescimento e do potencial forrageiro das pastagens sob as condições da região.

 

Plataforma web permitirá decisões adequadas sobre manejo de pastagens

Após levantamento e processamento das imagens, foi constituído um acervo com diversos índices de vegetação e dados detalhados das pastagens avaliadas. Por fim, está sendo criada uma plataforma web funcional e acessível que consiste na ferramenta aplicada do projeto, permitindo que técnicos e produtores visualizem dados, apliquem os modelos preditivos e tomem decisões adequadas sobre o manejo de pastagens, auxiliando na melhoria da eficiência produtiva e zootécnica e maior rentabilidade para a pecuária.

“O manejo eficiente de pastagens é crucial para a sustentabilidade e rentabilidade da produção animal, e a disponibilização de ferramentas tecnológicas no campo, como o drone, representa um passo crucial na apropriação dos resultados do projeto pela sociedade, simplificando e otimizando o trabalho no campo. Assim, o projeto oferece subsídio para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para uma pecuária mais produtiva e ambientalmente responsável em Santa Catarina”, concluem os pesquisadores.

Cassiano Pinto, Tiago Baldissera e Pablo Zanella (a partir da esquerda) são alguns dos profissionais que atuaram na pesquisa

 

Parcerias e financiamento viabilizaram o projeto 

O projeto é desenvolvido em parceria com a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e a Cooperativa de Carnes Nobres e Novilhos Precoces da Serra Catarinense (Coopertropas). Os  recursos são da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

A pesquisa foi desenvolvida por Tiago Baldissera e Cassiano Eduardo Pinto, engenheiros-agrônomos e pesquisadores da Epagri em Lages; Carla Luciane Lima, engenheira florestal e bolsista de pós-doutorado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) também na Epagri em Lages; e Pablo Giliard Zanella, técnico agrônomo da Coopertropas.

Por: Pablo Gomes, jornalista bolsista Epagri/Fapesc

Epagri promove o protagonismo da mulher rural na Serra Catarinense

A Epagri amplia a atuação junto aos catarinenses, além da pesquisa agropecuária, da extensão rural e do ensino agrotécnico. Mais do que uma produção pujante e uma natureza saudável, a instituição busca uma sociedade desenvolvida. E é investindo lá na ponta da linha, dentro das casas das famílias, que este trabalho começa.

Um destes programas é o Mulheres em Ação: Flor-E-Ser, que desde 2019 já capacitou mais de 600 mulheres com habilidades essenciais, como produção, gestão e liderança. Os cursos ocorrem em todo o Estado, e mais uma turma está prestes a se formar.

Nesta quinta-feira, dia 4 de setembro, no Centro de Treinamento da Epagri em São Joaquim (Cetrejo), 27 cidadãs concluirão mais uma edição do projeto na Serra Catarinense. Elas passaram os últimos cinco meses se encontrando em uma programação que contemplou atividades teóricas, práticas e de confraternização.

Cristiane Aparecida Lopes Couto, extensionista social da Epagri em São Joaquim (ao centro), está na coordenação da turma (Fotos: Pablo Gomes / Epagri)

As reuniões tinham, obviamente, conteúdos técnicos. Afinal, todas são de famílias produtoras rurais. Mas, além disso, a Epagri deu destaque a ações para enaltecer a cidadania, o empoderamento e o protagonismo, como seguridade social, autocuidado e saúde da mulher. Viagens também foram realizadas para visitação a agroindústrias, empreendimentos com produção de pães, doces e cafés e projetos ligados ao turismo.

Último encontro antes da formatura é marcado por aprendizado e emoção

Nesta terça-feira, dia 2, as 27 mulheres tiveram o último encontro antes da formatura. Vindas de 12 diferentes municípios da Serra Catarinense, elas se reuniram na Estação Experimental da Epagri em São Joaquim, onde fizeram uma visita guiada pelas pesquisas na área da fruticultura.

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Soja ganha espaço e muda dinâmica da produção de grãos no estado nos últimos 10 anos

A agropecuária catarinense tem peso social e econômico estratégico. Mesmo ocupando apenas 1,12% do território brasileiro, dos quais 38% estão cobertos por florestas naturais e 16,7% são destinados à agricultura, o Estado se destaca na produção de grãos como arroz, milho, soja, feijão e trigo. Juntas, essas culturas respondem por mais de 25% do valor bruto da produção agropecuária.

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