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Boletim Agropecuário de julho mostra um cenário favorável para a cadeia leiteira

A oferta de leite aparente no estado, que representa a soma de todo o leite captado mais a importação, somou 810,15 milhões de litros no primeiro trimestre de 2025. O volume representa uma queda de 9,11% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar da retração pontual, o total ofertado ainda está 11,5% acima do registrado em 2020, reflexo de um crescimento de 12% na captação estadual nos últimos seis anos. As importações, que chegaram a representar 14,4% da oferta no primeiro trimestre de 2023, recuaram para apenas 2,99% neste início de ano, retornando ao patamar historicamente baixo. 

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Santa Catarina registra queda pontual no preço do boi gordo após meses de alta

O preço do boi gordo em Santa Catarina apresentou uma leve queda de 0,3% na média das três primeiras semanas de junho em comparação ao mês anterior. Conforme dados preliminares divulgados pela Epagri/Cepa, na comparação com o mesmo período de 2024, a valorização foi de 26,5% considerando a inflação do período.

A leve retração verificada em junho é reflexo do movimento nacional observado desde maio, quando uma maior oferta de bovinos para abate pressionou as cotações para baixo. Essa oferta elevada foi impulsionada principalmente pela entrada do inverno, que aumenta os custos de manutenção dos rebanhos e reduz a qualidade das pastagens, especialmente em estados do Centro-Oeste, como Mato Grosso e Goiás.

Com a chegada do inverno e menos oferta de animais, preços da carne bovina tendem a subir (Foto: Cidasc)

Com o encerramento gradual desse processo, o mercado volta a mostrar sinais de recuperação. De acordo com a análise dos preços diários, em algumas praças catarinenses o movimento de alta já é perceptível. Em outros estados, a reversão já é mais clara: o boi gordo subiu 1,8% no Rio Grande do Sul, 1,1% no Mato Grosso do Sul e 0,9% em Minas Gerais e Mato Grosso. Santa Catarina, Goiás e São Paulo ainda registraram quedas leves, mas a tendência é de alta também nesses estados nas próximas semanas.

“A redução da oferta de bovinos prontos para abate durante o outono e inverno é um fenômeno recorrente. Com menos animais disponíveis no mercado, os frigoríficos precisam melhorar suas ofertas para garantir escala, o que pressiona os preços para cima”, explica o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Alexandre Luís Giehl.

 

Exportações em SC têm queda em maio

No mercado externo, o Brasil exportou 247,7 mil toneladas de carne bovina em maio, 8,8% a menos que em abril, mas 3,5% acima do volume embarcado em maio de 2024. A receita somou US$1,25 bilhão, queda de 6,1% em relação ao mês anterior, porém com avanço de 18,1% na comparação anual.

Quantidade de carne bovina exportada em Santa Catarina (Fonte: Comex Stat / MDIC)

Santa Catarina, por outro lado, exportou apenas 143,3 toneladas no mês, com faturamento de US$ 602,2 mil, representando quedas significativas de 37% e 35,1%, respectivamente, em relação a maio de 2024. Ainda assim, no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o estado totaliza 846,9 toneladas exportadas, com receitas de US$ 3,56 milhões, avanços de 14,1% em volume e 29,9% em valor frente ao mesmo período do ano passado.

 

Mercado interno catarinense também reage com alta de preços da carne

Em Santa Catarina, os preços de atacado da carne bovina interromperam o movimento de queda registrado nos dois meses anteriores. Nas três primeiras semanas de junho, a carne de dianteiro subiu 1,7% e a de traseiro, 1,2%, resultando em uma média de 1,5% de aumento nos preços praticados.

No vídeo abaixo, o analista da Epagri/Cepa, Alexandre Giehl, explica os fatores que impulsionam a valorização da arroba do boi gordo em SC, mesmo com a leve retração de junho.

Por: Cristiele Deckert, jornalista bolsista Fapesc Epagri/Cepa

Boletim Agropecuário de junho aponta déficit de mais de 800 mil toneladas na armazenagem de grãos em Santa Catarina

A capacidade de armazenagem de grãos em Santa Catarina não tem acompanhado o ritmo da produção agrícola nos últimos anos. Entre 2020 e 2025, a produção total de grãos do estado, que inclui arroz, feijão, milho, soja, trigo, aveia e cevada, cresceu 19%. Este aumento de produtividade representa um salto de 6,2 milhões para 7,38 milhões de toneladas. No entanto, a capacidade estática de armazenagem avançou apenas 5,1% no mesmo período.

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Preço do arroz cai mais de 30% em Santa Catarina e segundo semestre será desafiador para o setor

O arroz catarinense fechou abril com queda expressiva nos preços. A saca de 50 quilos foi comercializada a R$ 73,11, valor 30,38% inferior ao registrado no mesmo período de 2024, conforme dados da Epagri/Cepa. A retração é reflexo do aumento da oferta no Brasil e no Mercosul, favorecido pelas condições climáticas positivas, o que tem gerado um excedente no mercado interno e dificultado a recuperação dos preços.

Apesar da desvalorização dos preços referente a safra de 2024, Santa Catarina celebra um marco importante com produtividade recorde estimada em 8,73 toneladas por hectare. O resultado é atribuído ao uso de cultivares de alto potencial produtivo, melhorias no manejo e à regularidade do clima durante o ciclo. 

Fonte: Epagri / Cepa

No cenário externo, o desempenho também foi negativo. Entre janeiro e abril de 2025, as exportações catarinenses de arroz somaram US$ 733,99 mil, uma queda de 44% em relação ao mesmo período de 2024. Os principais destinos foram Trinidad e Tobago, Cuba e Senegal. A perda de competitividade frente a países vizinhos com menores custos de produção tem dificultado o escoamento da safra brasileira.

A analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), Glaucia Padrão, explica que o segundo semestre tende a manter a pressão sobre os preços, ainda que o período de entressafra costume favorecer a valorização. “Este ano temos um fator de pressão baixista mesmo na entressafra porque a oferta segue elevada e o Mercosul também tem produção competitiva”, afirma.

Apesar da pressão no mercado interno, o cenário internacional pode abrir brechas pontuais para o arroz brasileiro no segundo semestre. Com os Estados Unidos enfrentando problemas de excesso de chuvas, há expectativa de redução na oferta do país, o que poderia abrir espaço para o Brasil em mercados tradicionais dos norte-americanos. “Porém os países do Mercosul ampliaram sua produção e, com custos de produção mais baixos, são mais competitivos que o Brasil no comércio internacional, dificultando a inserção do arroz nacional em novos mercados,” explica Glaucia.

Conforme a analista da Epagri/Cepa, outro ponto a ser considerado é a crise entre Índia e Paquistão, grandes exportadores mundiais, que podem favorecer o Brasil especialmente em mercados da Europa e África.  Ainda assim, o setor arrozeiro entra no segundo semestre com perspectiva de estabilidade nos preços, limitada às oscilações sazonais. 

“Para os produtores catarinenses, o cenário é de atenção redobrada e gestão estratégica da comercialização, não indicando grandes mudanças nos preços. A tendência é de manutenção da oscilação sazonal típica da entressafra, com possibilidade de alguma sustentação caso essas oportunidades externas se confirmem,” enfatiza Glaucia.

No vídeo abaixo, Glaucia Padrão aborda algumas estratégias que podem ser adotadas pelos produtores diante deste cenário.

 

Os dados constam no Boletim Agropecuário do mês de maio, que está disponível no site do Observatório Agro Catarinense e do Infoagro.

 

Por Cristiele Deckert – jornalista bolsista Fapesc da Epagri/Cepa

Produção cresce e mercado oscila: Boletim Agropecuário de maio destaca cenário do agro em Santa Catarina

A nova edição do Boletim Agropecuário da Epagri/Cepa, referente ao mês de maio, aponta crescimento de 14% na produção total de feijão em Santa Catarina, com valorização do tipo carioca e recuo nos preços do feijão-preto. A publicação também destaca a produtividade histórica de milho e soja no estado, enquanto o arroz enfrenta queda de 44% nas exportações, mesmo com rendimento recorde nas lavouras. O alho segue com boa qualidade e preços estáveis, apesar do alto volume de importações. 

O boletim mensal traz dados atualizados sobre produção, preços, clima e mercado, servindo como termômetro do agronegócio catarinense. Confira os destaques do Boletim Agropecuário de maio de 2025:

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