O Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH), tem se mostrado uma ótima opção para quem deseja realizar a transição do cultivo tradicional para o agroecológico. A Epagri é pioneira na pesquisa e na implementação deste sistema, iniciado na década de 1990, na região do Contestado. Ao longo dos anos, o SPDH atraiu centenas de agricultores que buscavam reduzir o uso de agrotóxicos e adubos químicos e, consequentemente, baratear os custos de produção cultivando alimentos mais saudáveis. Deste modo, o solo, afluentes, agricultores e consumidores ficam menos expostos aos compostos químicos utilizados na agricultura convencional, reduzindo os impactos ambientais e os riscos à saúde.
O Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa) apresentou na última terça-feira, 10 de junho, as estimativas iniciais da safra de inverno 2025/26 em Santa Catarina. O evento reuniu dados coletados por uma rede técnica que cobre todas as regiões do estado e foi transmitido pelo canal do YouTube da Epagri Online.
O Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR), elaborou um e-book com os principais rankings da produção agropecuária em Santa Catarina. O material está disponível no Observatório Agro Catarinense e pode ser acessado neste link.
Santa Catarina é o terceiro maior produtor de leite do país. Neste cenário, as regiões Oeste, Meio-Oeste e Extremo-Oeste se destacam, produzindo aproximadamente 70% de todo leite do Estado. Em virtude deste protagonismo, eventos como o Fórum Oeste Catarinense do Leite (Focaleite), realizado pela Epagri em Chapecó, na última quarta-feira, 28, são importantes para discutir o panorama e os principais desafios da pecuária leiteira.
Antecipar a semeadura do trigo é o caminho para aumentar a produção desse cereal no Oeste Catarinense. A recomendação vem da Epagri: uma pesquisa realizada em Chapecó (SC) apontou que, quando o agricultor implanta a lavoura entre 11 de maio e 17 de junho, consegue colher mais cedo, evitando sobreposição com o plantio da soja, que vem na sequência.
O arroz catarinense fechou abril com queda expressiva nos preços. A saca de 50 quilos foi comercializada a R$ 73,11, valor 30,38% inferior ao registrado no mesmo período de 2024, conforme dados da Epagri/Cepa. A retração é reflexo do aumento da oferta no Brasil e no Mercosul, favorecido pelas condições climáticas positivas, o que tem gerado um excedente no mercado interno e dificultado a recuperação dos preços.
Apesar da desvalorização dos preços referente a safra de 2024, Santa Catarina celebra um marco importante com produtividade recorde estimada em 8,73 toneladas por hectare. O resultado é atribuído ao uso de cultivares de alto potencial produtivo, melhorias no manejo e à regularidade do clima durante o ciclo.
Fonte: Epagri / Cepa
No cenário externo, o desempenho também foi negativo. Entre janeiro e abril de 2025, as exportações catarinenses de arroz somaram US$ 733,99 mil, uma queda de 44% em relação ao mesmo período de 2024. Os principais destinos foram Trinidad e Tobago, Cuba e Senegal. A perda de competitividade frente a países vizinhos com menores custos de produção tem dificultado o escoamento da safra brasileira.
A analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), Glaucia Padrão, explica que o segundo semestre tende a manter a pressão sobre os preços, ainda que o período de entressafra costume favorecer a valorização. “Este ano temos um fator de pressão baixista mesmo na entressafra porque a oferta segue elevada e o Mercosul também tem produção competitiva”, afirma.
Apesar da pressão no mercado interno, o cenário internacional pode abrir brechas pontuais para o arroz brasileiro no segundo semestre. Com os Estados Unidos enfrentando problemas de excesso de chuvas, há expectativa de redução na oferta do país, o que poderia abrir espaço para o Brasil em mercados tradicionais dos norte-americanos. “Porém os países do Mercosul ampliaram sua produção e, com custos de produção mais baixos, são mais competitivos que o Brasil no comércio internacional, dificultando a inserção do arroz nacional em novos mercados,” explica Glaucia.
Conforme a analista da Epagri/Cepa, outro ponto a ser considerado é a crise entre Índia e Paquistão, grandes exportadores mundiais, que podem favorecer o Brasil especialmente em mercados da Europa e África. Ainda assim, o setor arrozeiro entra no segundo semestre com perspectiva de estabilidade nos preços, limitada às oscilações sazonais.
“Para os produtores catarinenses, o cenário é de atenção redobrada e gestão estratégica da comercialização, não indicando grandes mudanças nos preços. A tendência é de manutenção da oscilação sazonal típica da entressafra, com possibilidade de alguma sustentação caso essas oportunidades externas se confirmem,” enfatiza Glaucia.
No vídeo abaixo, Glaucia Padrão aborda algumas estratégias que podem ser adotadas pelos produtores diante deste cenário.
Enxergar cada propriedade rural de Santa Catarina como um tesouro que guarda história, identidade e alimentos com sabores únicos. É com essa visão que a Epagri trabalha junto aos produtores de queijos artesanais: garimpando relíquias que, com qualificação e legalização, podem se tornar produtos premiados, valorizados e com grande potencial de crescer no mercado.
O Largo da Alfândega, no Centro de Florianópolis, vai receber mais uma vez a feira mais doce do estado, a XXIV Feira do Mel de SC, entre 4 e 7 de junho, somente com produtos catarinenses. A edição de 2025 trará cerca de 55 marcas de méis distribuídos em 35 estandes, com mais de 300 produtores representados. A feira conta com a participação de 11 associações. Como acontece todos os anos, o mel será tabelado (veja a tabela abaixo). A Feira é organizada pela Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina (Faasc), Epagri, Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária e prefeitura de Florianópolis e tem apoio do Sebrae/SC, Faesc/Senar/SC, UFSC, Cidasc e Assembleia Legislativa de Santa Catarina.
A colheita do caqui em Santa Catarina se encerra no início de junho com uma safra marcada pela alta qualidade dos frutos. Embora a cultura ocupe espaço modesto frente a outras frutíferas no estado, ela carrega tradição e vem se mostrando uma boa oportunidade para pequenos produtores.
A nova edição do Boletim Agropecuário da Epagri/Cepa, referente ao mês de maio, aponta crescimento de 14% na produção total de feijão em Santa Catarina, com valorização do tipo carioca e recuo nos preços do feijão-preto. A publicação também destaca a produtividade histórica de milho e soja no estado, enquanto o arroz enfrenta queda de 44% nas exportações, mesmo com rendimento recorde nas lavouras. O alho segue com boa qualidade e preços estáveis, apesar do alto volume de importações.
O boletim mensal traz dados atualizados sobre produção, preços, clima e mercado, servindo como termômetro do agronegócio catarinense. Confira os destaques do Boletim Agropecuário de maio de 2025:
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